E no mesmo dia chato...
Valery olhava fixamente para um homem magro, alto, possuidor de douradas madeixas e penetrantes olhes cartanhos-esverdeados.
Peter olhava fixamente para a tristonha moça semidesnuda que encontrava-se encostada na porta.
- Me perdoa? Me aceita de volta? - Ele dizia com tom de arrependimento.
Ela sorria de canto, piscara lentamente algumas vezes, respirava fundo para criar coragem.
- Eu não posso te aceitar de volta - Ela dizia cabisbaixa.
- Por quê não? Você me ama! - Ele aumentava o tom, franzindo o cenho e respirava de maneira descompassada.
- Exatamente por isso. Eu te amo, mas isso não significa que você me ama, ou seja, há uma grande possibilidade de você simplesmente me abandonar novamente. - Uma teimosa lágrima escorria dançando por sua gélida e descorada face, sua voz enrouquecera e seus lábios oscilavam.
- Eu prometo que não te machucarei novamente - Ele secara a lágrima no rosto de Valery com o polegar.
- Não me toque! - Ela começava a gritar- Eu não acredito em você! São apenas palavras! Apenas palavras vazias! Não posso acreditar nisso...não mais - seu tom diminuíra - Você me destruiu. Simplesmente me destruiu.
Valery fechara a porta. Não acreditava no que acabara de fazer. Estava alivida, sem dúvidas, renovada.
Após alguns instantes encostada na porta, retomara seu banho "no stress".
- O próximo que me interromper, Morrerá! - Ela resmungava para Ralf.
Dito isso, o telefone tocara.
- Mas que...- Ela respirava fundo - Alô?
- Valery? Aqui é o Arthur, primo do Peter.
- Ah! No que posso ajudar?
- É que ele me pediu para te levar umas coisas. Posso ir aí hoje a noite?
- Claro! Venha sim. - Ela sorria levemente e desligara o telefone.
Sua cabeça parecia que iria explodir a qualquer isntante. Ela não acreditava no que acontecera. Limpara sua alma dizendo tudo o que estava entalado para Peter. Sentia remorso, afinal, ela o amava, mas por outro lado, sentia-se maravilhosamente bem, por tê-lo tirado de sua vida. Ela realmente estava decidida a desistir do amor.